A próxima geração da internet móvel oferece velocidade dez vezes maior do que o sinal 4G e, com menor sinal de latência, ou seja, menor atraso nas transmissões dos dados.

Isso significa um aumento potencial das conexões entre objetos e a rede mundial de computadores, o que nos levará ao crescimento da chamada “internet das coisas”.  Serviços como transporte de carros sem condutores, por exemplo, se tornarão realidade com esse tipo de conexão, tudo por conta da velocidade da internet 5G. Para que você esteja por dentro de todas essas novidades, preparamos este artigo para te mostrar como vai funcionar a tecnologia 5G no Brasil, o que muda com a chegada dela e com o que você precisa se preocupar.

O que é a tecnologia 5G?

A tecnologia 5G, como o próprio nome já diz, é a quinta geração das redes móveis. Desenvolvida para comportar a crescente demanda de informações que trocamos diariamente através de nossos dispositivos amplamente conectados pelo mundo. Afinal, são bilhões de dispositivos sem fio espalhados pelo nosso planeta. A grande promessa dessa rede é, exatamente, a cobertura mais ampla e eficiente, um grande salto evolutivo em comparação à versão anterior (4G). Muito mais potente e veloz, com maiores transferências de dados e uma enorme possibilidade de conexões simultâneas, a tecnologia 5G vai beneficiar empresas e usuários. Além disso, por ser mais “inteligente”, também gera menos impacto no meio ambiente. Para que você tenha uma ideia da diferença, as redes 4G utilizadas em algumas regiões do Brasil possuem uma velocidade média de conexão capaz de entregar aproximadamente 33 Mbps. Já com a tecnologia 5G, estima-se que a entrega possa ser capaz de ir 50 a 100 vezes mais, chegando a alcançar até 10 Gbps. Na prática, um arquivo de 25 GB, por exemplo, que atualmente levaria cerca de 35 minutos para ser baixado, com a tecnologia 5G poderá ser baixado em 21 segundos. Ou seja, com as conexões muito mais rápidas, com velocidade maior e sem travamentos e ainda considerando a baixa latência, as comunicações entre objetos e a internet serão muito estimuladas. Com a possibilidade de conectar dispositivos diversos ao mesmo tempo, os serviços de inteligência artificial, telemedicina, automação industrial e agrícola, entre outros, serão enormemente beneficiados.  Já na sua casa, será possível conectar diversos aparelhos eletrônicos inteligentes, como geladeira, televisão, iluminação, etc.

Como funciona a tecnologia 5G?

As redes 5G funcionam por meio de ondas de rádio, assim como as redes móveis das gerações anteriores.  A diferença é que ela utiliza faixas de frequência mais altas, transmitindo os dados com muito mais rapidez. Em contrapartida, o alcance dessas ondas é mais curto e por isso elas são chamadas de ondas milimétricas (MMWAVE). Porém, por conta disso, as frequências têm maior dificuldade de transmitir os dados por longas distâncias ou, em locais com muitos obstáculos físicos como paredes, por exemplo. Por isso as antenas 5G precisam estar mais próximas umas das outras, o que torna o investimento inicial um pouco mais pesado, no quesito instalações de antenas. Por este motivo, aqui  no Brasil, teremos inicialmente a cobertura dos serviços disponíveis apenas nas capitais. Entretanto, após a instalação da infraestrutura das redes 5G, a redução do consumo de energia poderá diminuir os custos futuros, além de torná-la mais ecológica. 

E essas mudanças na prática?

Na prática, as antenas da rede 5G serão acopladas às antenas já existentes, que serão adaptadas para funcionar em paralelo com a nova infraestrutura de conexões. Além disso, antenas menores com alcance de poucos metros – como as domésticas – poderão ser instaladas para repetirem o sinal dos dispositivos locais, que será, então, redirecionado para uma estação central. Já as antenas replicadoras, instaladas em postes ou em prédios altos, serão capazes de cobrir distâncias de até 250 m. Um outro ganho da tecnologia 5G é o fatiamento da rede. Esse mecanismo inteligente das antenas 5G será responsável por destinar a transmissão de dados críticos que não poderão ser utilizados por outras demandas. Serviços de emergência, ou de automação de veículos, por exemplo, estão englobados neste fatiamento.  Assim também, de forma inteligente, as antenas terão a possibilidade de  focar o sinal de rádio em uma única direção. Ou seja, ao invés de emitir um sinal em todas as direções, a otimização da antena será determinada pela demanda de dispositivos requisitando a conexão com a rede. 

Uso de antenas parabólicas afeta o 5G?

Uma pergunta que muitas pessoas tem feito diz respeito às antenas parabólicas. Esses equipamentos, no Brasil, operam em 3,5 GHz, uma das frequências operadas pela nova tecnologia. Por isso, a chegada do 5G deve causar interferência no sinal televisivo.

A banda C atual das parabólicas vai deixar de existir até 2025, com a transferência de dados dessas antenas passando para a banda Ku.  Então, se você utiliza antena parabólica, vale a pena começar a se programar com a troca dos equipamentos.  Caso você esteja inscrito no CadÚnico e possua uma parabólica tradicional em uso, acesse o link e confira os detalhes do programa da Entidade Administradora da Faixa (EAF), da Anatel, que distribui gratuitamente a nova antena parabólica digital e equipamentos como conversor e cabos.

O que será possível com a tecnologia 5G?

O processo de implantação das redes 5G no Brasil tem alguns critérios estabelecidos pelo GSMA, uma organização internacional formada por mais de 1200 operadoras de rádio, internet e telefonia móvel. Destacamos abaixo os principais critérios deste processo:

As redes 5G devem consumir até 90% menos energia que as redes 4G atuais; Os tempos de conexão entre aparelhos móveis devem ser inferiores a 5 ms (milissegundos), face à latência de 30 ms das redes 4G; O número de aparelhos conectados por área devem ser 50 a 100 vezes maior que o atual; Devem ser realizados aumentos drásticos na duração da bateria de dispositivos rádio receptores.

E o que isso significa, na prática, no nosso dia-a-dia?

O aumento  das conexões, com maior segurança e velocidade já vem ampliando a “internet das coisas”, como chamamos as conexões provenientes deste novo universo que estamos adentrando. Com um tempo de resposta mais rápido entre as conexões, a segurança automobilística, por exemplo, se tornará possível e segura. As cirurgias remotas, por meio de robôs, também poderão se tornar realidade. Mas, trazendo isso tudo para uma realidade mais próxima da nossa rotina, imagine o que poderá fazer pelos seus eletrodomésticos, dispositivos de monitoramento, caixas de supermercado, sensores de presença e por aí um universo enorme que vai se abrindo. Você já imaginou sua geladeira te avisando quando um produto estiver acabando? Assim você poderá programá-la, isso mesmo, programar o próprio aparelho para efetuar a comprar remotamente e poupar seu tempo. Até as reuniões remotas, de trabalho ou com amigos, ficarão mais estáveis. As cidades inteligentes, com serviços de segurança, iluminação pública e sensores meteorológicos estarão cada vez mais perto da realidade, pois serão beneficiados pelas inúmeras possibilidades que a tecnologia 5G irá nos proporcionar. A “indústria 4.0” é outro exemplo de setor que vai ganhar muito com essa nova tecnologia. Imagine as linhas de produção automatizadas e todos os avanços que a robótica trará ao setor.  E esses são apenas alguns dos pontos que levantamos para te dar uma ideia das mudanças significativas que vêm por aí. Transporte, vestuário, alimentação, todos os setores terão um salto tecnológico ainda indescritível.

Será preciso trocar meu chip para acessar a rede 5G?

Para ter acesso à tecnologia 5G será necessário ter um chip e um aparelho que aceite a conexão, bem como estar na área de cobertura do sinal. As operadoras Claro, Vivo e TIM estão autorizadas a operar na faixa. Já em relação às marcas dos aparelhos, no Brasil, as marcas Samsung, Motorola, Apple, Xiaomi, Asus, Realme, TCL, Nokia, Lenovo e Positivo, já oferecem smartphones com suporte à rede 5G.  Agora se quiser olhar com calma, nesta lista da Anatel você poderá checar quais são os celulares homologados para o sinal 5G puro.

Como assim 5G puro?

Existem alguns aparelhos que mostram o ícone do 5G, mesmo estando fora da lista acima. Então fique atento porque nesses casos, o sinal não é o 5G puro. Existem alguns modos de operação:

O 5G SA (Standalone) usa uma faixa dedicada ao 5G com um núcleo de rede exclusivo;  o 5G NSA (Non-Standalone) também usa frequência dedicada ao 5G, contudo ele compartilha o núcleo de rede com o 4G; o 5G DDS (Dynamic Spectrum Sharing) utiliza a frequência do 4G e oferece menos capacidade.

O que pode acontecer é que, dependendo da interferência, o sinal 5G “impuro” chega a apresentar velocidades inferiores ao 4G.

O que acontecerá com o 4G?

De qualquer forma, não é necessário se preocupar: o 4G continuará funcionando normalmente entre os usuários das operadoras. Inclusive, as conexões 2G e 3G também não deixarão de funcionar.

Pronto para viver a tecnologia 5G no Brasil?

Compartilhe esse artigo com aquele amigo que está pensando em trocar de aparelho, pra que ele possa aproveitar os benefícios dessa nova tecnologia. E veja também:

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